Tantos modelos disponíveis, preços diferentes, marcas... O mercado de acessórios de ballet não é muito grande, mas já é o suficiente para nos tirar o sono, principalmente falando sobre pontas.
Vamos ao que interessa:
Primeira Ponta
Só, único e tão somente seu professor, poderá te dar o aval de que você esta preparado para comprar sua primeira ponta.
Nunca use uma ponta sem o conhecimento de seu professor,pois lesões seríssimas podem acontecer (não é brincadeira).
Na maioria dos casos, os professores costumam ter uma ponta preferida para o trabalho inicial ou indicar alguns modelos para que você compre na loja.
Caso deixe essa responsabilidade inteira com você, vá até uma loja e comece sua batalha de escolha.
Nunca compre sua primeira ponta pela internet ou por encomenda sem colocá-la no pé.
Nunca use uma ponta velha ou usada de uma amiga.
Pés possuem diferenças enormes por mais que pareçam iguais a olho nu.
Muitas coisas influenciam, como o comprimento dos dedos, a largura das joanetes, a largura do calcanhar, o tipo de colo de pé (ou a falta dele), se a pisada é pronada ou supinada, se o tornozelo é alongado ou não e qual a força do estudante.
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Tipos de dedos |
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Tipos de colo de pé (pé chato sem colo/ muito colo/ pé normal) |
Prove a ponta com meia e ponteira.
Prove diversas ponteiras ( tecido, gel, silicone).
Quando calçar a ponta, tem que sobrar um pouco menos de 1cm de pano no calcanhar. Quando fizer meia ponta esse espaço se completa. Se não tiver essa sobrinha, além de doer o calcanhar, pode sair do pé na hora de dançar.
O uso das pontas é dolorido. Existe aquela dorzinha de trabalho muscular e a dor insuportável que te faz esquecer o próprio nome.
Subir nas pontas tem que ser aquela dorzinha suportável. Então sentir extremo desconforto não é "normal".
Prove vários modelos até encontrar a mais confortável.
Algumas pontas apertam demais os dedos, pois tem a caixa mais fina. A maioria das marcas possuem variação de largura da caixa(box).
É importante conseguir sentir os dedos independentes dentro da sapatilha e não um bloco dormente.
Algumas lojas não permitem que se "suba" nas pontas (ficar em pé na ponta), para não "quebrá-las" antes de comprar. Mas se for permitido, suba. Apoie-se e faça um relevé.
A sola a princípio vai estar firme e não vai permitir muita movimentação do pé. Mas o importante agora é sentir os dedos, se não estão super esmagados e se não esta saindo do pé no calcanhar ou apertada demais.
A gáspea (altura do decote na frente da sapatilha), pode ser em formato V ou U e pode ser bem cavada ou pouco cavada.
Quanto mais cavada, mais o colo de pé tende a ir para frente e ficar exposto. Se tiver muito colo de pé, cuidado com as muito cavadas, pois os dedos podem sair pra fora da sapatilha pela frente.
As que tem pouco decote ou nenhum, seguram o pé e o colo de pé no lugar. São indicadas para quem tem muito colo de pé, pouca força e pouco controle do tornozelo.
A sola das sapatilhas variam em três tipos: sola inteira, sola 3/4 e meia sola.
A solas inteiras são as mais comuns. O material da palmilha da sapatilha é resistente do começo ao final da sola.
Nas 3/4, a palmilha é flexível na região do calcanhar. São utilizadas quando:
Pouco colo de pé; pouco alongamento ou força de tornozelo (famoso "pé de periquito"). A palmilha mais curta diminui a área de apoio do calcanhar, o que empurra o arco do pé pra frente.
Atenção: para quem tem muito colo de pé, não é recomendada! É preciso ter um pé muuuuuuuuuito forte para conseguir segurar o pé sem perder o eixo ou, até mesmo, virá-lo.
Procure a orientação do seu professor.
Na meia sola, a palmilha termina no meio do pé. Visto que não há sustentação nem do calcanhar, nem do arco do pé, essa sapatilha
não deve ser utilizada sem a recomendação do professor. É necessário ter muita força no tornozelo e no pé para que não ocorra nenhum acidente.
Dureza da sola: Algumas marcas possuem variações da dureza da sola (algumas para pronta entrega e outras só por encomenda).
As solas costumam variar entre super mole, mole, normal, reforçada e super reforçada.
Caso o professor não especifique nenhuma, procure pela normal.
Depois que utilizar a primeira ponta, terá mais entendimento do próprio pé para saber se precisa de uma sola mais dura ou mais mole.
Importante:
A duração das pontas varia de estudante para estudante.
Algumas estragam em 2 meses e outras duram mais de 1 ano.
Isso é totalmente possível e não significa mal uso ou melhor uso.
A mesma série de fatores que diferenciam um pé de outro na compra da sapatilha, também diferenciam o seu desgaste.
Quando amarrar as fitas no tornozelo, lembre-se de esconder as pontinhas e o nó pra dentro. Nunca deixe um laço aparecendo. Pode se soltar, pode ser pisado e causar acidentes, além de ser esteticamente feio.
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Lembre-se de esconder as "anteninhas" (aquele elástico que fica na volta da sapatilha), para dentro.
Sujou muito, use um paninho úmido , sem encharcar e esfregue delicadamente. Mas sem muita neura, sapatilhas de aula sujam mesmo, é normal.
Lembre-se de pedir fitas e elásticos para serem costurados em casa (algumas já vem costuradas de fábrica).
Prove vários modelos, algumas diferenças são enormes quando colocadas no pé.
Boa escolha!